Claus von Oertzen

Notas Biográficas

 

Claus von Oertzen vive e trabalha em Lisboa e Hamburgo. O projeto artístico do pintor, originário de Hamburgo, pretende visualizar as emoções suscitadas pela música clássica.

 

Aspectos ligados á natureza são inerentes ao seu trabalho abstrato.

 

Os seus estudos na "Hochschule für Musik und darstellende Kunst" na sua cidade natal, marcaram o artista de forma decisiva. As obras do Claus von Oertzen encontram-se hoje em coleções particulares e públicas.

 


No corpo dos sons

Pela Professora Dra. Maria Leonor Barbosa Soares, FLUP – Faculdade de Letras da Universidade do Porto

Natureza..


Entendo a pintura de Claus von Oertzen como uma síntese de duas experiências fundamentais em confronto:

O canto, revelador de espaços sonoros, ressonâncias e sensações de som no próprio corpo, a respiração em diálogo com algo exterior à sua própria realidade, o vocabulário musical convencionado e autoral.

O corpo sentido como instrumento de uma construção não visível, a música; o design de paisagem e projeto de jardins, encontro multissensorial com a natureza e a transitoriedade, em escalas temporais diversas, conciliando texturas poéticas e pragmáticas na construção de espaços sensíveis - o corpo como instrumento de construções visíveis, tangíveis, ambientes/percursos.

..Selva..


Intensificando a valorização de cada momento concreto e da vida como experiência, o trabalho realizado com a natureza e na natureza, terá contribuído para uma reavaliação da relação com a arte.

A pintura revela-se, então, processo de combinação e integração. Materializa a vontade de não-submissão a condicionamentos e circunstâncias exteriores ao pintor. As imagens surgem como composições musicais registadas num sistema de notação em que a cor é o elemento básico. Não sendo represen-tações, são construções de sensações: sons-cores.

Pintura Sonora, a corporização do som, que a experiência do canto implicava como processo cognitivo individual, envolve agora o observador através da fisicalidade do trabalho.

..Música no meu ouvido..


Síncopes ou arrastamentos das espatulações e justaposição de camadas de tinta (em particular, nos óleos), fusão de planos de cor, interrupção da mancha e intensificação dos intervalos/silêncios, ecos e extensões de tonalidades, estridências dos drippings, dissonâncias tonais ou lineares… são notações que cada observador identifica e articula de modo único e diverso em cada momento, criando uma nova composição.

A consciência desta interação única com a obra, ao nível visual, direciona consequentemente a sua atenção para o processo de apreensão dos sons e para os critérios de seleção, relativização e organização que modelam a interpretação das sensações sonoras.

Maria Leonor Barbosa Soares


..e na minha vista

A pintura define-se como um campo singular de liberdade para Claus von Oertzen: enquanto não-paisagem abre o espaço a todos os caminhos percorridos e inclui todos os sons compreendidos; estabelece relacionamentos espaciais que se projetam para fora do plano da tela ou do papel através do cruzamento contínuo dos campos sensitivos acústico-visual-acústico-visual…, colocando novas interrogações; constitui-se como base de reflexão sobre a perceção do tempo, dos ritmos e das intensidades de todas as experiências.

Maria Leonor Barbosa Soares

 


“Painting is the silence of thought and the music of sight.”

Orhan Pamuk, "My Name is Red"


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Claus von Oertzen